ARTE
Qual fluido que vai e
vem,
É inspiração que não
se retém,
É folha caindo cálida
no chão;
D’árvore desprendida
ventos levaram.
É pupila dilatada de
um artista,
É alma de um místico;
É folha, espírito,
vista,
Poema, música,
plástica de um mito.
É sangue que jorra e
rega,
É cicatriz aberta e
magoada,
Ferida dilacerante e
minante.
Vísceras vertendo,
artérias estourando,
Olhos, ouvido e boca
rasgando
Para o grito
ensurdecedor.
Cego, fúnebre e
lúgubre,
Ébrio e suave;
Cálido e célere na
queda;
No repouso, no choro.
Arte é vida, é parto,
Sorriso, lágrima;
Lágrima sorridente,
Sorriso lacrimejante.
13.06.99
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